Existem grandes diferenças entre atacado e varejo em relação a tecnologias na distribuição, diferenças essas que refletem as necessidades específicas de cada uma dessas áreas, que por si só são bem distintas entre si.

Relacionar atacado e varejo – e o seu meio termo, o chamado atacarejo em solo brasileiro – é entender de fato as principais necessidades de cada negócio, para qual público eles estão voltados e quais são os seus objetivos.

No fim das contas, a tecnologia na distribuição possui variações justamente para agraciar esses pontos, e estão relacionadas intrinsecamente com as operações realizadas em cada um desses modelos de negócio.

Atacado, varejo e atacarejo: conceituando

As diferenças entre atacado, varejo e atacarejo são bem grandes quando paramos para perceber os seus modelos de atuação, especialmente no que diz respeito às tecnologias na distribuição e operação.

Essas tecnologias estão relacionadas com necessidades físicas, operacionais e estratégicas do negócio, como é o caso do uso de qualquer tipo de tecnologia de automação por empresas dos mais variados segmentos.

Mas primeiro, vamos conceituar?

O varejo

O varejo está interessado principalmente na venda para o consumidor final, ou seja, pessoas comuns que compram em quantidades comuns. Dessa forma, é possível entender que as suas demandas de estoque são relacionadas ao seu fluxo de clientes e à necessidade de exposição em gôndolas, seu principal canal de vendas.

No varejo, então, a venda é para o consumidor final, e todas as estratégias são voltadas para eles.

O atacado

Já no atacado, as coisas são um pouco diferentes. Ao invés de trabalhar com a venda unitária para o consumidor final, aqui se vende em grandes quantidades – geralmente caixas e pallets fechados – para quem irá lidar com o cliente final.

Então, enquanto o varejo vende em pequenas quantidades para o consumidor, o atacado vende em grandes quantidades para o varejo. Normalmente, a venda se dá apenas para quem possui CNPJ e compra em larga escala. Porém é oportuno lembrar que, por vezes, é possível fracionar-se o pallet. Isso significa dizer que também compram-se unidades, todavia, esse poderá ter seu preço majorado para cima – tenha atenção nessa hora.

O atacarejo

Já o atacarejo, como o próprio nome já diz, é uma mistura entre os dois. Além de suprir as necessidades de quem compra em grandes quantidades, esses estabelecimentos também vendem para o consumidor final, mas com preço diferenciado de acordo com a quantidade.

Um exemplo: você vende para o consumidor final um sabonete por R$ 1,99, o preço do varejo, mas se esse consumidor ou alguma outra empresa comprar uma caixa dos mesmos sabonetes, o preço será bem diferente.

Tecnologia na distribuição: quais as diferenças?

Como dissemos anteriormente, as diferenças na tecnologia de distribuição por trás da operação desses tipos de negócio estão relacionadas principalmente com as suas necessidades.

Pensemos no salão de um supermercado de médio porte. Há a necessidade de evitar longas filas para melhorar o atendimento, então leitores embutidos em balcões automatizados, com esteiras, são ótimos para as necessidades ergonômicas dos operadores de caixa e para a redução do tempo médio por fechamento de compra.

Há também a necessidade de monitoramento constante, que é solucionada por um sistema de circuito interno de câmeras ligadas na rede e compartilhadas em nuvem. Com isso, é possível saber o que se passa no mercado a qualquer hora e em qualquer lugar.

Essas necessidades não são necessariamente partilhadas pelo atacado. Na verdade, por serem distribuidoras e por esses negócios venderem em grandes quantidades, em muitos casos a venda em salões nem mesmo acontece. Porém, há outras necessidades resolvidas pela tecnologia na distribuição.

Tecnologia na distribuição e o processo otimizado

As necessidades do atacado pedem por outras tecnologias na distribuição e no controle dos grandes estoques. Uma das ferramentas mais utilizadas é o leitor de códigos de barras, sendo que os próprios códigos estão pouco a pouco sendo substituídos por tags RFID, mais funcionais e confiáveis.

Além disso, há uma preocupação com a logística que o varejo não vai possuir necessariamente, já que o volume de entregas do atacado é muito maior e carrega muito mais mercadorias.

Nesse quesito, softwares de automação agindo em conjunto com SOs comuns, como o Android, agem para traçar as melhores rotas e entender para onde os carregamentos estão indo.

A segurança e o acesso no atacarejo

Os atacarejos vão combinar os dois mundos e ter suas necessidades em tecnologia na distribuição próximas tanto do atacado quanto do varejo.

Ao mesmo tempo em que há um salão de vendas que precisa de monitoramento, também há um grande depósito – que em muitos casos se estende até o salão -, o que implica uma necessidade maior de controle através dos códigos de barras e tags RFID.

Também há a necessidade de controle logístico e a acessibilidade a mercadorias, que estão posicionadas em grandes prateleiras. Para isso, é preciso ter profissionais treinados para a operação de empilhadeiras e um controle amplo dessas operações.

Como você pode ver, a tecnologia na distribuição possui grande aplicação nos três segmentos, atacado, varejo e atacarejo. Para saber mais sobre como aplicá-la, entre em contato com a RTI Automação!

(imagens: divulgação)