Há muito tempo a tecnologia chegou para ajudar tanto na criação como na prevenção de futuros problemas no setor veterinário, bem como na zootecnia.
Uma dessas tecnologias é a câmera termográfica que vem contribuindo de forma muito positiva nesses segmentos.
Do controle das temperaturas à visualização de possíveis problemas que não seriam vistos a olho nu, os equipamentos ajudam de forma eficiente e segura.
Nesse post abordaremos o uso de câmeras termográficas para tratamento do animal na veterinária e na zootecnia.
Zootecnia x veterinária
Primeiro, precisamos explicar resumidamente a diferença entre zootecnia e veterinária, porque embora ambas tenham relação com os animais, são diferentes.
A zootecnia tem como objetivo desenvolver e aprimorar as potencialidades do animal, visando a produtividade e rentabilidade com a sua criação.
Já a veterinária é a especialidade da medicina que se dedica ao diagnóstico e tratamento das doenças nos animais.
E, nas duas áreas a termografia já está sendo usada de forma eficaz.
O que é termografia?
A termografia consiste em uma técnica que, por meio de registro gráfico, mapeia um corpo ou um ambiente com o objetivo de detectar diferentes temperaturas.
Se constitui em um exame não invasivo que pode também detectar alterações funcionais, nervosas e vasculares por de registro fotográfico.
A termografia permite ainda uma avaliação da dor por meio de imagens que indicam se a região danificada sofreu aumento e/ou diminuição da temperatura gerada pela microcirculação.
Sobre a câmera termográfica
A câmara termográfica é o equipamento usado na termografia.
É essa câmera que auxilia a visualização de picos de mudanças na temperatura, quer seja do corpo ou do ambiente.
Resumindo: uma câmera térmica ou termográfica nada mais é do que um aparelho capaz de capturar luz infravermelha em um ambiente ou um corpo e deixá-la visível.
Existem cenas de filmes, principalmente relacionados a paranormalidade, que mostram exatamente como a câmera funciona, quando um grupo de pessoas com equipamento na mão vai em busca de uma presença invisível.
A termografia na zootecnia
A temperatura tem tudo a ver com o bem estar do animal. E quando falamos de temperatura ela pode ser ambiente ou do próprio corpo e mantê-la adequada para os frangos, por exemplo, é tarefa essencial dentro de um abatedouro.
Ainda é muito comum em ambientes de criação de aves, o uso do termômetro para medir a temperatura dos frangos, o que gera um grande estresse, uma vez que na maioria das vezes o aparelho exige o contato direto com o animal.
A câmera termográfica permite medir as temperaturas sem estressar e sem pôr em risco a integridade das pessoas.
A termografia na prevenção das doenças
A termografia já é usada na medicina comum há algum tempo para análise de doenças, exatamente por não ser um método invasivo, ou seja, todo o processo é externo.
Na zootecnia ela também é usada quando se trata, por exemplo, de avaliar espermatozoides dos reprodutores.
A termografia é usada também na veterinária para diagnosticar e prevenir problemas musculares e respiratórios nos animais.
A consequências das alterações de temperaturas para as aves
Muito se houve falar do estresse térmico nas aves, principalmente as poedeiras.
E esse estresse traz várias consequências que poderão comprometer desde a produção de ovos, bem como a saúde do animal.
Os frangos estressados podem ter sua circulação sanguínea reduzida e sua atividade digestiva comprometida, o que evidentemente afetará o bem estar de todo o abatedouro.
Com a câmera termográfica esses problemas podem ser evitados, uma vez que a mesma identificará tanto a mudança de temperatura no ambiente onde as aves estão.
A termografia proporcionando melhores condições de trabalho
Se por um lado a termografia ajuda as aves a permanecerem num ambiente onde a temperatura seja agradável para elas, e também diagnostica problemas no corpo do animal,
ela vai ainda ajudar um outro setor: o de cortes de frangos.
E nesse setor o beneficiado será o profissional do local, já que nesse ambiente as temperaturas são muito baixas, chegando muitas vezes no limite da tolerância humana.
A termografia ajuda, nesse cenário, a prevenir problemas na saúde do profissional.
Uma câmera termográfica pode, então, mostrar por meio de imagens, a superfície da pele dos funcionários que ficam expostos ao frio, o que permitirá medidas preventivas efetivas para evitar danos maiores na pele, bem como nos demais órgãos expostos.
Pode-se avaliar o uso de equipamentos adequados a cada situação por qual o profissional está exposto.
Embora o ambiente tenha que seguir normas técnicas em relação a temperatura, ainda existem casos de hipersensibilidade nos pés e mãos dos trabalhadores causando desconforto e dormência causado pela baixa temperatura.
A termografia vai permitir a análise constante da temperatura do ambiente, bem como os exames minuciosos nos funcionários evitando dessa forma as doenças e acidentes de trabalho.
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(Imagens: divulgação)